'Nunca pensei que eu pudesse te ouvir dizendo um adeus pro teu sonho que estava por vir'
Sou fã de animações. Então 'Enrolados', a animação de número 50 dos estúdios Disney, assistida essa semana criou em mim uma certa expectativa. Explico, conheço desde sempre a história da Rapunzel, já assisti aquele filminho da Barbie, já li muitas historinhas quando criança e realmente nunca consegui compreender a lenda. Quando o filme começou e fui apresentada a pequena princesa loirinha de olhos grandes e verdes me apaixonei, mostrar criança acaba comigo.
O filme começa e confirma todas as expectativas, fico feliz em saber que a Disney tem consciência de que as crianças de hoje (e aqueles que não são tão crianças assim) desenvolveram seus gostos e não se contentam mais com princesas inocentes e mocinhos perfeitos. O amor impossível saiu de moda, até nos contos de fadas.
Enrolados me fez pensar sobre os sonhos, aliás acredito ser esse o chavão do filme, a moral. Todo mundo tem um sonho, do mais bruto ao mais culto, da menina trancada na torre que sonha em ver de perto as lanternas flutuantes ao ladrãozinho de meia tigela encrenqueiro que cresceu em um orfanato. Mas não é só ter um sonho. É saber a hora de abrir mão dele.
O casal me encantou por sua história de amor (eu sou apaixonada por histórias de amor), não porque ela vence a mamãe Gothel, ele acaba se tornando aliado do cavalo que o perseguia, a história me cativou porque ao estarem juntos eles descobrem que os sonhos mudaram.
Pouca gente tem essa consciência de coletividade de que quando encontramos um amor um sonho individual perde um pouco a graça, é muito mais gostoso sonhar junto.
Quando o filme termina a gente fica com a sensação gostosa de que amores reais são maravilhosos por isso, justamente por isso, porque eles não são sonhos de consumo, mas ele transformam os nossos sonhos. Ter um amor é isso, transformar o seu sonho.
Ficha técnica e dados essenciais:
Nome: Enrolados (Tangled) - 2010
Estrelando: Mandy Moore (fazendo Rapunzel na versão original e soltando o gogó) e Luciano Hulk (o Flynn Rider ou melhor, José Barbosa, na versão dublada).
Gênero: Animação
Classificação: 4 estrelas (ainda que tenha canções bonitas, elas me cansam)
Assista com: irmãos mais novos, namorado, pais, amigos. Assista com quem estiver disposto a se divertir!
Preste atenção em: Alguns personagens são muito engraçados, as variações de humor de mamãe Goethel são uma história à parte. Animaizinhos fofos também fazem o riso rolar, Pascal o camaleão bom de briga que eu queria ter e Maximus, o cavalo com vocação canina.
Bom filme!