quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Who are you?


'Sou um animal sentimental,
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo...
Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade...

Inspirada por um texto que a Martha Medeiros escreveu há mais de dez anos e que republicou com um pedido de novos textos em seu blog, resolvi falar um pouco sobre quem sou. De fato uma amiga me perguntou no começo da semana passada quem eu era e eu fiquei meio sem saber o que responder.
Estou tentando me descobrir e te mostrar.

''A gente é muito do que a gente fala, mas é principalmente o que a gente cala. Somos o silêncio que escolhemos para pensar, para agir e para viver. Somos as ações feitas e inevitavelmente as que não se realizaram por medo.
Eu sou parte de todos os que amo e também parte dos que abomino, sou feita dos meus livros de cabeceira e dos que comprei e nunca vou ler. Sou o que minto também, o que escondo por trás de sorrisos tímidos e o que escancaro tentando me poupar.
Sou os discos que coleciono e as canções de mpb que me lembram uma época em que não vivi, sou fotos de alguém que gostaria de ter conhecido melhor mas que a saudades não mata, sou filmes que nunca revelei e que sei que não vou revelar.
Sou comédia romântica, suspense, aventura ou drama, depende dos meus coadjuvantes. Vou sendo conforme a história passa e se não gostar, começo a ser de novo.
Sou as folhas de rascunho das cartas que não mando e os emails que jamais serão enviados.
Sou as canções que sempre tocam. Sou Moinho. Sou as chuvas de Londres e o verde da minha terra. Sou Minas Gerais em cada pedaço de corpo.
Sou batata frita, pipoca com guaraná Antártica, sorvete de casquinha e banho de mangueira gelado. Sou pipas coloridas e peixes que eu não pesco. Sou as borboletas que não tenho tatuadas e as palavras que ficam escritas na alma.
Queria ser xampu, mas sou condionador.
Sou campo, praia, sol e chuva. Verão com amigos, inverno com namorado.
Sou oito ou oitenta, sim ou não, agora ou nunca.
Sou caminhada ao ar livre, não esteira e academia. Sou carinhosa, mas às vezes sou tão fria.
Sou fraca e chorona, mas me faço de forte. Sou metida a besta.
Sou os sonhos que tenho. Sou menos passado que futuro. Sou a busca do novo e o sempre esperar.
Sou confiar. Acreditar.
Sou os amigos que tenho. Que tive. Que terei.
As brigas que ganhei e tudo que chorei.
Sou Lispector, Luft, Proença ou apenas Martha.
Sou sendo. Gerúndio. Edifício em construção.
Mas aviso, hei de ter um sub solo mais atraente que qualquer outro andar.
Sou a dúvida, deu pra você notar.
Só sei que vou ser pra sempre esse eterno buscar.''


Essa sou eu, com os pés de barro, mas pronta pro que der e vier. Não espero agradar a todos, estou perdendo a ilusão de que isso é possível. Espero agradar quem gosta de mim e me aceita com os defeitos de sempre.
E espero ser feliz. Dizem que no fim, é o que importa.

(Ao som de: Sereníssima - Legião Urbana)

5 comentários:

  1. HAHA, adorei. ^^ Sereníssima é maravilhosa, o texto de Martha é simples e genial e o seu texto ficou incrível. Um dia ainda tomo coragem e faço o meu...

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  2. 1 - adoro essa música

    2- adorei te conhecer

    3 - caramba, lindissimo o texto! ;D

    beijos

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  3. Tay, tô sem tempo, totalmente, ainda não li esse texto, nem os dois anteriores, vou ler amanhã, prometo! Adoro ler tudo o que você escreve. Só queria dizer uma coisa sobre a foto: A D O R E I! Tá linda!
    bjO*

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  4. Lindo o texto, Tay. Ele é muito.. instável.

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  5. Agora sim eu li, tô sem palavras, LINDO! De tudo que você já escreveu foi o que eu mais gostei.
    =*

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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