E a mãe olhou pro fundo da alma da menina e pensou se seria melhor dizer que não, que as coisas raramente iam como se queriam, que fazer pedidos estava tão fora de moda quando ser piegas, que o mundo real era tão exigente e que se ela continuasse assim as coisas não ficariam boas quando se tornasse uma mulher não. Mas a mãe não disse nada, porque se lembrou que um dia fora uma menina e fizera pedidos e agora doía a não realização deles, e ela era o que era por conta de pedidos. A menina tinha os direitos dela.
- Se você pedir com toda força sim. Mas tem que torcer minha filha, tem que torcer muito, porque não é muita gente pra realizar pedido, e se alguém pedir o mesmo que você, pode não ser sua vez ainda de ser atendida.
Alguma coisa quebrou dentro da pequena Ana Terra aquele dia e desde então ela nunca mais soube fazer pedidos, era arriscado por demais entregar pra sorte algo tão nobre quanto o que se queria. Vai ver se quisesse com bastante fé, vai ver, o pedido sentisse a necessidade de se concretizar, ele por si mesmo tomava rumo.
coragem querida, vá e faça seu pedido...
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