'A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos
Sem virar carinho
Guardar lá dentro um amor
Não impede que ele empedre
Mesmo crendo-se infinito'
Ela não sabia reagir aos estímulos certos, levava a sério demais o que os outros diziam e se preocupava em excesso com a opinião alheia. Entretanto quando era sobre os sonhos deles ela respondia tantas vezes com apatia que foi parecendo aquilo mesmo, parecendo algo ensaiado e chato e convencional. Um almoço de negócios com um corretor.
Mas era um amor, um amor daqueles que se escrevem e se contam histórias grandiosas, daqueles que os cinemas vendem e as mocinhas espremem os olhos pra ver. Era um amor.
Não podia deixar que apenas fosse, assim, verbo no pretérito.
Ela tinha um ar tão esnobe do tipo que sabia bem dos seus defeitos, e até sabia sim, era possessiva, viciada em sensações novas e chata, terrivelmente chata para alguém de tão pouca idade. E em algum lugar do caminho ela deixou de dizer que amava, em alguma esquina ela fechou a cara e decidiu que não era mais uma menina romântica, que haveria de ser forte, sedutora e má, até com ele.
Ele que sempre quisera tão bem, que sempre veio pra acalmar, que exigia tão pouco e segurava a mão dela de um jeito que mais ninguém era capaz de fazer.
Ele era a melhor parte dela, e por tolice de quem não sabe direito o que fazer da vida ela acabava deixando aquela parte linda de lado, protelando os pedidos, afrouxando o laço de linha da aliança.
Toda errada.
E então num faz de conta do avesso que tem primeiro o felizes para sempre e depois a história foi em um dia ruim que tudo piorou.
Ele disse que não dava e ela quis quis quis que voltasse a dar certo, porque ainda dava.
Cinco segundos ela ficou sem respirar, ele ali segurando ainda a mão.
E quando ele foi embora e ela soube que ele tinha levado tanto ela sentou, abraçou os braços e chorou, porque não importa se você mente para o mundo a respeito do que é, não importa se você finge ser forte e ter deixado de lado o sentimentalismo. Ela queria tanto ele, tanto, que doía a ausência de repente declarada que ele se colocara.
Ela o queria de lá do fundo de onde se quer as coisas que estão certas.
E foi o querer que fez com que ele voltasse.
Diziam já as fadas madrinhas que algo assim, bonito e de nome, não era em vão.
Já dizia aquela amiga sabida de todas as coisas que ela tinha que as coisas eram fortes, eram quando tinham que ser.
E era o par então, ela não queria nunca mais errar, ele sabia que ainda teria que perdoar, mas estavam juntos.
Pro que desse, viesse e houvesse.
Ao som do meu Nando Reis: Quem Vai Dizer Tchau
Amor é assim, se perde em pensamentos, se perde em realidade, se perde aqui dentro da gente para depois se encontrar todo faceiro e nos fazer bem de novo, como tem que ser.
ResponderExcluirHoney, tem um selo pra ti lá no meu blog. Passa lá!
ResponderExcluirhttp://miasodre.blogspot.com/2011/07/mais-dois-selos.html
Bjo!
Às vezes é só na ausência que temos a prova do quão significativo é o amor. Por comodidade ou qualquer coisa assim, a gente se deixa levar, com aquela sensação meio morna.
ResponderExcluirMas é só um desvincular de dedos que tudo está feito, e aí você já sabe, o querer se pronúncia sem discrição, e nem precisa; nem combina.
Eu também gosto muito de ler você, tudo aqui é um encanto só. E obrigada pelo selo, faz tempo que não os posto, mas sou grata por cada um que recebo.
Beijão.
Que lindo Taynná! Acho que todo mundo um dia erra com as pessoas que ama, e quase já no fim das esperanças que seriam perdidas, percebe isso. Eu mesma sou assim rs. Linda a música de Nando.
ResponderExcluirObrigada pelo selo !
Beijos
Não foi saudável permitir tanta tristeza, nenhum pouco inteligente da minha parte. Valeu, ao menos pra crescer um pouquinho mais. Abri outras janelas e é lindo vir aqui e te ler ainda mais doce.
ResponderExcluirTe amo!
"...ele sabia que ainda teria que perdoar, mas estavam juntos.
Pro que desse, viesse e houvesse."
Bjão Cris