→ A Neurótica


Vinte e seis anos de metamorfoses ambulantes depois e eu ainda estou viva para contar histórias. Obviamente, não foi tão fácil assim. Teve aquela vez em que eu era criança e pensei que fosse da família dos patos e quase morri afogada. E aquela outra vez em que acreditei que minhas pernas eram grandes para o fundo e quase morri afogada. E quando eu quase morri afogada na praia porque me apaixonei pelas ondas, simplesmente. 
Ufa.
Verdade seja dita, eu sempre fui dessas que mergulham e provam o fundo, serviu pra fortalecer o fôlego.
Como já dizia o meu conterrâneo João, o que a vida quer da gente é coragem.



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