segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Silêncio que Não quer Calar


I have climbed the highest mountains
Eu escalei as mais altas montanhas
I have run through the fields
Eu corri através dos campos
But I still haven't found
Mas eu ainda não encontrei
What I'm looking for
O que eu estava procurando


É segunda novamente e fico com a sensação nostálgica de que o fim de semana foi tão pouco... Já me sinto cansada! Não quero reclamar, aliás, não sei bem o que quero e para quê escrevo, mas não me preocupo se as palavras perderem o sentido, às vezes é como se tal sentido fosse tão ilusório...
Vê, não sei bem o que dizer, não há histórias para contar, novidades excitantes ou apenas narrativas de momentos comuns, ainda tenho alguns problemas, mas não há em mim nada que queira compartilhá-los.
Talvez eu escreva contra o silêncio, algo meio Lispector demais para mim e até incoerente, tem sido este, por opção, um grande amigo. Quero acreditar que estou enfim me dando bem com o que existe em mim, o silêncio é a prova de que ando gostando mais dos meus pensamentos do que das palavras em si.
Talvez tudo esteja vago e a compreensão seja complicada. Sempre tivemos a capacidade de decodificar melhor períodos compostos e belos.
Não quero frases longas, queria hoje a calmaria de um campo de girassóis que sorriam em sua contemplação solar. Sinto inveja dessa apatia, da beleza estática que vem deles.
Ando descobrindo coisas estranhas sobre mim, vi que adoro o tic-tac do relógio, ele me mantém acordada e ao mesmo tempo me leva para tão longe...
Me sinto sem forças e longe de parecer caótico, isso acalma meu corpo. Sinto o vento e não quero ir contra ele, me permito ficar estagnada tentando encontrar algo que me mova.
Existe sim o movimento, sem ele eu não sobreviveria, mas tudo acontece tão internamente que fico querendo que as coisas apenas fluam em reflexo a ele.
Parece o alto de um daqueles desfiladeiros lindos que a Irlanda tem, lá embaixo o barulho do mar me lembrando o real, longe. Aqui em cima apenas o vento e a sensação de plenitude ou humildade.
Não quero tentar voar hoje, não quero gritar e ouvir minha voz distorcida pelo eco. Quero apenas o silêncio tocante, o silêncio que se corta com faca ou se acaricia com mãos perfumadas.
Esse silêncio 'ventante' que anda me acompanhando.


(Ao som de: I Still Haven't Found What I'm Looking For - U2)
Imagem do site perfeito: www.kkuntze.blogspot.com

domingo, 30 de maio de 2010

E começo do Meio



E maio chegou ao fim comigo sabendo muito bem quem somos.
Foi o mês que demorou mais para passar, mas que foi tão bom, apesar de todos os pesares!
Termino o mês com a força renovadora de um janeiro e a certeza feliz de sentimentos bons que só dezembro nos traz.
Que venha o meio do ano, que junho traga o inverno que longe de esfriar tudo faz com que fogueiras se acendam dentro de nós.
Tive um mês maravilhoso, obrigada a todos que me proporcionaram momentos mágicos!
Obrigada por todas as vitórias, pessoais ou de amigos, obrigada por abraços e conversas, por segurarem minha barra quando as coisas ficam um pouco complicadas demais para serem descritas aqui.
Vamos lá que o ano está apenas começando!

(Tradução da fotografia: 'Quem dirá aonde o vento a levará, quem saberá o que a arruinará?' - Kite - U2)

sábado, 29 de maio de 2010

Dentro do que Cabe em Mim



'E quando eu estiver louco
Sutilmente disfarce'

Esperando meu ônibus ontem me perdi em lembranças de uma menina medrosa descobrindo o prazer de voar pela primeira vez em um balanço:
'Eu não quero, eu vou me machucar, eu vou cair, eu sei que vou cair'. 'No começo você vai ficar com medo, mas depois você se acostuma ao vento e não quer mais parar', foi o sábio conselho de um garoto não tão mais velho, mas muito mais corajoso.
E ela acabou cedendo pra própria felicidade, descobriu que é assim mesmo, no começo a sensação de queda é tão forte que o coração não se inquieta, mas o vento vai se abraçando a ela e os dois formam um par tão perfeito que não é possível imaginar o fim.

As metáforas andam ao meu lado e eu preciso dizer que viver é 'sentar em um balanço'. Ainda sou aquela menina medrosa, que se desespera e que pensa na queda como algo iminente, mas hoje eu aprendi a amar o vento que faz meus olhos lacrimejarem, aprendi a voar com ele e até contra ele. Ainda bem que eu tive coragem para tirar os pés do chão naquela primeira vez.
Não sei bem como agradecer a todos que ficam prontos para me segurar sempre que aparentemente me desequilibro e quase vou ao chão, são esses amigos que me ajudam a parar quando é preciso e quem me dão o empurrão que me tiram novamente do chão.
É tão precioso saber que posso contar com eles!
Mais uma vez vou empurrar meu corpo e fechar os olhos, não sei bem onde o vento vai me levar, mas sei que posso confiar, nós somos os principais responsáveis por nossas escolhas. Sinto uma estranha necessidade de voar e quando é assim, quero ir cada vez mais alto.
Espero que todos possam ir comigo, sempre.


(Ao som de: Sutilmente - Skank - Pequena adaptação)
P.S.: Preciso deixar explícito aqui o orgulho que estou sentindo da minha amiga Pessoíssima por ter conseguido essa vitória, mas isso é uma outra postagem...

sábado, 22 de maio de 2010

O que eu ainda não sei dizer



There's a kite blowing out of control on a breeze
Há uma pipa voando descontrolada na brisa
Who's to say where the wind will take you?
Quem dirá aonde o vento a levará?

Who's to say what it is will break you?
Quem saberá o que a arruinará?
I don't know where the wind will blow
Eu não sei em qual direção o vento soprará
Who's to know when the time has come around?
Quem saberá quando o tempo a trará para perto?
I don't wanna see you cry
Eu não quero ver você chorar
I know that this is not goodbye...
E sei que isso não é um adeus...

Com o coração na mão eu venho anunciar oficialmente que estarei afastada do blog por algum tempo (não que isso já não estivesse acontecendo).
Sinto muito por ter que deixar de lado esse espaço que se tornou minha principal válvula de escape, mas a vida às vezes toma um rumo que você não esperava, a minha está indo por aí.
Peço paciência dos leitores e amigos, quero e vou voltar em breve, se assim for possível.
Existem prioridades no meu mundo real que me tomaram tempo e concentração demais, não tenho conseguido produzir contos porque minha mente está um tanto desfocada, sinto muito.
Como quase tudo que faço, essa breve despedida parece dramática demais, maio está acabando e eu já não sei de muita coisa...
Talvez isso não assuste muitas pessoas como me assusta, mas não saber direito o que acontecerá me tira o sono, me deixa sem ar e sem chão.
Espero que em breve tenha tempo para postar contos, crônicas ou comentários.
Espero que sintam tanta falta dos meus textos quanto eu sentirei de postá-los, que não se esqueçam desse espaço e que torçam para que tudo fique bem, logo.
Sou eternamente grata por tudo que vocês leitores já me proporcionaram, pelos comentários, sorrisos, abraços, pelos amigos que o blog me trouxe e que são hoje irmãos de alma.
Não sou boa com despedidas, ainda bem que não estamos nos despedindo.
Ainda bem que logo tudo isso vai passar e vou voltar.
Com afeto.
Taynná Monteiro Gripp.

(Ao som de: Kite - U2)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

This Time


'Não tenho muito tempo
Tenho medo de ser um só...
Tenho medo de ser só um
Alguém pra se lembrar...'

Existem aquelas horas em que mesmo sem querer é preciso reduzir a marcha, é preciso diminuir a velocidade e até mesmo procurar um retorno.
Sonhei essa noite com lindas borboletas e acordei com uma frase na cabeça: às vezes o que você vê é pouco diante do que é preciso enxergar.
Talvez eu esteja vendo pouco, mas as borboletas me ensinaram que quando o perigo se aproxima é hora de ficar em silêncio e se esconder, camuflar.
Não estou em perigo, mas estou precisando me sentar em uma pedra e me deixar ser paisagem um pouco.
O tempo é nosso escravo e não o contrário. Ando precisando fazer meu tempo, se for preciso remontar prioridades, que eu esteja consciente do que estou fazendo.
Tenho todo o tempo do mundo e se for preciso sei que tenho amigos com os quais posso construir um relógio que ande para trás.
Quando se vive intensamente não se perde tempo, mas também não se ganha.
O segredo não é esse, é viver de modo único, é se deixar ir com o vento, se fazendo de pipa de vez em quando.
Hoje eu não quero pensar no 'para sempre', não quero pensar se vou ou não realizar sonhos próximos, se sou ou não capaz de atingir metas. Hoje eu quero só me sentar e ver tudo em silêncio cúmplice com o universo.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O que aconteceu com o mundo?


'E a alta burguesia da cidade
Não acreditou na história
Que eles viam na tevê'

Então finalmente eu começo a enxergar fatores externos desse mundo violento que vejo na tevê. Começo a enxergar pessoalmente e isso é tão assustador que não sei bem como descrever.
Hoje fui ao sepultamento de um ex-aluno, um garoto de 14 anos como quase todos os garotos da idade, falante em excesso, com pouca atenção e uma vontade imensa de viver, de jogar futebol, de fazer coisas típicas de um adolescente.
Infelizmente já aprendi que as pessoas morrem mesmo, teria aceitado com mais facilidade se ele tivesse sofrido um acidente ou sofresse de alguma doença séria.
Mas ele morreu espancado. Ao que tudo indica o garoto para quem dei aula, o garoto que me irritava mas que tinha sim um potencial, que era inteligente e que sabia se expressar melhor que os outros da classe, o que era o craque do time da escola morreu porque tinha dívidas de droga com alguns traficantes.
Nunca soube do envolvimento dele com esse tipo de coisa, mas não duvido. É a geração que poderia mudar o mundo, a geração que ainda insiste em experimentar coisas que meus pais experimentaram na época do Woodstock.
Que tipo de pessoas estamos formando? Fiquei me perguntando o dia todo como alguém morre por dívidas de droga, como um menino tão novo consegue se envolver nisso, pior, como meninos da idade dele se juntam para espancar uma pessoa por cem reais?
É isso que vale uma vida?
Abomino qualquer tipo de droga, qualquer tipo de substância entorpecente que me tire a consciência, talvez tenha sido minha criação, talvez a minha geração que ainda tenha aproveitado o pouco da consciência pós-hippie, talvez meu caráter. O fato é que não bebo, não fumo e sou feliz.
Sempre pensei que não seria o tipo de pessoa que fala desse tipo de crime, afinal, moro em uma cidade onde todos se conhecem, uma cidade com menos de dez mil habitantes, uma cidade tida como pacata.
O crime chega a todos os lugares. E deixa uma marca funda nas pessoas, em mim uma marca mais funda ainda.
Fica a sensação de que estamos todos fingindo que não vemos a prostituição se espalhando, os meninos da idade do meu irmão vendendo droga nas esquinas.
Faz de conta que esse mundo é perfeito.
Faz de conta que não existe o crime, não existe o pecado e não existe a dor.
Faz de conta que ele estava dormindo, que não sabia o que fazia, que vai poder continuar me irritando da próxima vez que nossos destinos se cruzarem.
Quem sabe assim dá mesmo pra viver feliz para sempre.

(Pelo som de Faroeste Caboclo - Legião Urbana)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Seu olhar na minha janela


I've been sitting watching life pass from the sidelines
(Estive sentado assistindo a vida passar diante das calçadas)
Been waiting for a dream to seep in through my blinds
(Esperando por um sonho infiltrar-se entre minhas cortinas)
I wondered what might happen if I left this all behind
(E eu imaginei o que poderia acontecer se eu deixasse tudo para trás)

Sabe mãe, a vista daqui é diferente, você perguntaria onde está o verde que eu amo tanto.
Eu carrego ele comigo no meu coração, junto com você e tudo que foi perfeito e eterno daquele nosso mundo.
Sinto muito mãe, eu tentei mesmo ficar, tentei gostar da outra que ele colocou tão facilmente no seu lugar, tentei me adaptar, escolher cuidar dele e do que vocês começaram a construir, não deu.
Talvez eu não seja nada mesmo do que você esperou que eu fosse um dia, como ele mesmo vivia me dizendo. Não vou poder dizer nunca, afinal, nunca consegui saber quais eram os seus sonhos para mim.
Hoje olho para o novo mundo que se abre e eu tenho medo, provavelmente o mesmo medo que tive quando dei os primeiros passos e não senti o toque das suas mãos, quando fui para a escola e você não estava lá comigo, quando dei o primeiro beijo e não tive para quem contar.
Eu cresci mãe, mas o medo que me vêm da sua ausência continua o mesmo.
Ainda assim eu sei que preciso seguir em frente, pelo que você foi e fundamentalmente, pelo que eu quero ser por você, por seu sacrifício em meu nome.
Ontem foi o dia das mães, eu não tenho muitos amigos aqui ainda, acabei de chegar, então me permiti ficar olhando o mundo da minha pequena janela, entendendo que você vai estar comigo onde quer que eu esteja. Em qualquer janela, com qualquer vista, eu vou olhar e vou sempre te enxergar.
Sua foto já está em cima do criado mudo dividindo o espaço com todos os livros, sinto falta de casa, mas sinto uma falta maior de algo distante, sinto a sua falta. Impossível sentir falta de algo com o qual não se teve contato?
É como se eu me lembrasse da única vez em que estive nos seus braços mãe, estranho para todos, mas possível para mim.
E é pela lembrança do seu colo que eu sei que ficarei bem aqui, é pela lembrança dele que eu olho pela janela com segurança, eu sei que o seu colo está onde eu estiver.
Se você olhasse da janela agora mãe, você veria um mundo novo e eu sei que sorriria, espero ser tudo aquilo que você sonhou, se não for, espero apenas que esse colo sempre me acompanhe, e que seus olhos estejam abertos para todas as janelas que eu vier a abrir durante minha vida.
Obrigada por ter me permitido viver, por ter me escolhido e por ter renunciado a si mesma por mim.
Te amo mãe.
Te amei desde sempre.

(Texto para a edição visual de Bloínquês)
(Ao som de: This Time - Jonathan Rhys Meyers - Trilha sonora do Filme 'August Rush')

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Da matéria dos sonhos



'Não sei do que você é feita, juro'.

Faz tanto tempo que quero falar sobre você, mas não acontece de achar as palavras.
Acontece de não conseguir expressar o carinho e o orgulho que tenho de você.
É porque ela é uma mulher com um caminho, uma mulher com o coração mais lindo e doce do mundo e com o ar mais delicado e seguro que é possível ter ao mesmo tempo.
É porque ela é minha irmã, a pessoa de quem eu quero esconder todos os meus defeitos por medo de decepcionar, a pessoa que certamente será a primeira madrinha.
Ela é quem não pode faltar.
Anna é uma menina com um jeito de dona do mundo e uma voz tão mandona e doce que é impossível não fazer o que ela pede, impossível não ouvir o que ela diz, impossível não notar o que diz o seu silêncio.
Anna é uma menina que tem medo mas não se sabe, porque ela é tão valente sempre, tão ciente do que fazer que você quase não nota o olhar receoso.
Às vezes é como se eu a conhecesse tanto e em dois minutos eu vejo que ela é tão cheia de mistérios, ela é feita de mar.
Feita de mar, de pérolas, sépia e vontades que não cabem. Ela é feita de sonhos e de olhares. Empregar um superlativo é um meio tão clichê de falar sobre ela, mas é impossível não dizer: Especial de doer!
Queria parar o mundo para você poder olhar para tudo devagar, queria ter força pra te dar um abraço sem fim por uns cinco minutos que fosse, queria só te mostrar e te fazer entender o quanto você é importante, desse modo que só você sabe ser.
Quando não conseguir e o mundo continuar sendo o mundo, cruel e do avesso com esse coração, eu vou estar lá para apertar sua mão. Sempre.
Não sei mesmo do que você é feita, só sei que deve ser de uma matéria muito rara. Uma matéria que agradecerei pelo resto da minha vida a Deus por ter inventado.
Obrigada minha Pessoíssima, sempre, por cada momento. Por tudo. Por sempre.

(Citação: Clarice Lispector - Perto do Coração Selvagem)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sucrilhos para Blog do mês

Passando pra pedir a colaboração de todos que gostam do blog na enquete do Bloínquês para blog do mês...

Clique aqui e me faça feliz.

Aproveito para agradecer a todos que me fazem tão bem com os comentários, obrigada aos seguidores, aos amigos de sempre...


Beijos!

P.S.: Postarei os selinhos e as indicações no link de selos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Com toda licença Poética, o Amor.



'Pra você guardei o Amor que sempre quis mostrar
O Amor que vive em mim.
Achei vendo em você
Explicação nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar...'


Pra você guardei o pedaço de vida que eu ia querer viver daqui pra sempre.
E sabe que todo mundo que não acreditou no nosso futuro brilhante estava certo? Nós jamais seríamos um casal comum, não nascemos pra isso.
Eu era só uma menina mimada e você aquele garoto que nem me olhava e que se sentia o dono da verdade mais absoluta do universo, quem diria que ia dar certo?
Minhas amigas me taxaram de louca, afinal, logo você, o carinha que nem ligava se eu estava viva ou não.
Mas era você que me fazia pensar e acreditar novamente nas pessoas, você que era bravo e que me chamava atenção por não me dar atenção mesmo.
Foi pra você que guardei o pedaço mais puro do meu coração, nessa metáfora de amor que eu estudo mas não entendo.
E a cada dia desses cinco anos tão perfeitos e cheio de encantos e desencantos você me provou que as nossas escolhas naquele três de maio foram as melhores possíveis. Eu escolhi pular e você se propôs a estar ao meu lado, a apertar minha mão forte cada vez que eu desejasse que o mundo acabasse.
Você me mostra dia-a-dia o quanto eu fui feliz em topar com você naquele pedaço incompleto da nossa história, porque é clichê, mas eu sou tão melhor com você! Até mesmo quando eu sou uma chata e estrago todo o fim de semana você me mata de ódio e daí algum tempo só quero estar com você pro tempo passar sem doer.
Foi para você que eu me guardei. Deixei as melhores frases feitas, os melhores olhares tímidos e sinceramente, o melhor silêncio constrangedor. Pra você guardei a vontade de ser feliz pra sempre e os sonhos com filhos lindos. Guardei planos de um jardim florido, um sobrado e um cachorro pequeno.
E o mais lindo disso tudo é que com você eu descubro que guardei coisas até dentro de você, sem saber, aos poucos, fui me guardando no seu olhar com medo de uma hora me perder nessa coisa insana que chamam de mundo.
São cinco anos e eu não poderia não ficar com os olhos em lágrimas por pensar no quanto fomos e somos felizes, em cada oportunidade.
Porque é só você que sabe o tanto de sal que eu gosto e posso comer na batata, e é só você que me fala coisas inteligentes quando eu quero pegar no sono, e daí se todo mundo apostou e errou? Me diz se a gente não é feito pra durar?
É como se ninguém tivesse o nosso Amor, e sabe, ninguém tem mesmo. Com você aprendi que nenhuma forma de amar é igual.
Com você aprendi que minhas conquistas não terão o mesmo sabor se você não festejar comigo, aprendi que a menina mimada e o garoto teimoso têm sim um futuro brilhante que já faz cinco anos está sendo escrito, porque cada um escreve a história da sua vida, e a nossa é escrita junto, com todas as figuras de linguagem e citações musicais que são possíveis.
Já são tantas páginas... Já são cinco anos!
Já são tantos 'obrigados' que você já deve ter se cansado, entretanto ainda não inventei algo que se encaixe tão bem nessa vontade de dar um beijo estralado na sua bochecha e te chamar de lindo olhando nos seus olhos, o 'meu lindo', obrigada. Hoje, sempre.
Obrigada, minha melhor história.

'Pra você guardei o Amor que aprendi
Vendo meus pais
O amor que tive
E recebi
E hoje posso dar livre e feliz...'

(Ao som de: Pra você guardei o Amor - Nando Reis e Ana Cañas)

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