domingo, 31 de julho de 2011

Do que existe


'No dia que eu soltar meu coração
Pode ser que seja assim'

Ela que sempre acreditou saber das coisas, que sempre procurou a essência e questionou, não entendia direito aquele borboletear estranho no estômago, achava clichê barato e batido a tal história de voarem logo ali as borboletas, aquelas que ela tanto gostava.
Armara-se como lhe aprouve, conhecia teorias e seria capaz de identificar lá de longe sintomas de paixões vividas por outros, não era tão complicado notar a forma como as mãos alheias tremiam.
E veio assim algo estranho e ela esquecia sempre a teoria, coisa não muito comum pra ela, de onde surgia o pensamento intruso que chegava sem bater mas que ela permitia ficar, meio rabo de olho, desconfiada daquela novidade toda boa de sentir.
Sentia?
Não era fã declarada de fantasias, o concreto e palpável enxia os olhos e gritava que se fosse real, seria tocável.
Mas lá do fundo de onde a gente guarda as estrelas cadentes ela sabia que toda menina um dia já fora princesa de conto de fada.
Passara da idade, mas bem cá entre nós, vez ou outra sonhava acordada.


(Ao som de: Monique Kessous - Pode Ser que Seja Assim)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Se pudermos ser ainda



'A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos
Sem virar carinho
Guardar lá dentro um amor
Não impede que ele empedre
Mesmo crendo-se infinito'

Ela não sabia reagir aos estímulos certos, levava a sério demais o que os outros diziam e se preocupava em excesso com a opinião alheia. Entretanto quando era sobre os sonhos deles ela respondia tantas vezes com apatia que foi parecendo aquilo mesmo, parecendo algo ensaiado e chato e convencional. Um almoço de negócios com um corretor.
Mas era um amor, um amor daqueles que se escrevem e se contam histórias grandiosas, daqueles que os cinemas vendem e as mocinhas espremem os olhos pra ver. Era um amor.
Não podia deixar que apenas fosse, assim, verbo no pretérito.
Ela tinha um ar tão esnobe do tipo que sabia bem dos seus defeitos, e até sabia sim, era possessiva, viciada em sensações novas e chata, terrivelmente chata para alguém de tão pouca idade. E em algum lugar do caminho ela deixou de dizer que amava, em alguma esquina ela fechou a cara e decidiu que não era mais uma menina romântica, que haveria de ser forte, sedutora e má, até com ele.
Ele que sempre quisera tão bem, que sempre veio pra acalmar, que exigia tão pouco e segurava a mão dela de um jeito que mais ninguém era capaz de fazer.
Ele era a melhor parte dela, e por tolice de quem não sabe direito o que fazer da vida ela acabava deixando aquela parte linda de lado, protelando os pedidos, afrouxando o laço de linha da aliança.
Toda errada.
E então num faz de conta do avesso que tem primeiro o felizes para sempre e depois a história foi em um dia ruim que tudo piorou.
Ele disse que não dava e ela quis quis quis que voltasse a dar certo, porque ainda dava. 
Cinco segundos ela ficou sem respirar, ele ali segurando ainda a mão.
E quando ele foi embora e ela soube que ele tinha levado tanto ela sentou, abraçou os braços e chorou, porque não importa se você mente para o mundo a respeito do que é, não importa se você finge ser forte e ter deixado de lado o sentimentalismo. Ela queria tanto ele, tanto, que doía a ausência de repente declarada que ele se colocara.
Ela o queria de lá do fundo de onde se quer as coisas que estão certas.
E foi o querer que fez com que ele voltasse.
Diziam já as fadas madrinhas que algo assim, bonito e de nome, não era em vão. 
Já dizia aquela amiga sabida de todas as coisas que ela tinha que as coisas eram fortes, eram quando tinham que ser.
E era o par então, ela não queria nunca mais errar, ele sabia que ainda teria que perdoar, mas estavam juntos.
Pro que desse, viesse e houvesse.

Ao som do meu Nando Reis: Quem Vai Dizer Tchau

terça-feira, 26 de julho de 2011

Não sei se eu saberia



'Não me salvo
Porque não me acho
Não me acalmo
Porque não vejo
Percebo, mas desaconselho'


É que vai chegar o inverno e eu vou sentir um frio insano, eu sinto demais.
E vou precisar que você me abrace e me distraia contando histórias de folhas que caíram no outono passado mas que o vento fez voltarem por estarem despencando antes da hora.
É que eu sou insistente e chata e você vai ter que me dizer que me ama mesmo assim, porque se você me pedir menos eu vou ficar confusa, triste e magoada, porque não sei não dizer tudo isso sem sentir, e se digo, se sinto, como fazer pra ser avesso?
Assim do meu jeito distraída, rabugenta, pegajosa e piegas eu vou querer aguar suas plantas e talvez eu acabe matando alguns cactos, eu posso te ajudar a plantar outros, prometo.
É que você vai ter que me mandar desacelerar a moto na curva porque eu me encanto com o vento batendo no rosto e quero mais, sempre mais, curva ou reta, quero voar. E você vai precisar puxar meu pé pro chão, ser minha âncora, e também vai ter que me dar asas nos dias nublados e chuvosos em que eu acordar meio Paulina e melancólica e londrina.
Você vai ter muito trabalho comigo, muito. Pense bem.
Porque se o amor é objeto e eu concordo que seja, existe devolução, mas existe aquele vínculo que se cria quando se toca, se pede pra tocar, existe os dois pedaços que eram e passaram a ser por algum tempo uma coisa só no encontro das duas peles.
Eu sou terrível, você vai ver isso na primeira semana porque quisera, mas não sei esconder meus defeitos de estimação.
O que sei ser de bom você vai ter que notar sozinho, porque dizem por aí não cabe da gente ficar esfregando as qualidades. 
É que vai ter sol e vou querer sua companhia na roda gigante amor, porque algumas giram e giram e eu fico tonta, mas gosto da sensação de medo de não ter mais os pés no chão.
Eu sou tão complexa, mas eu simplifico pra você: se quiser me amar, que venha e me ame e que permita. Que quando me faltar sanidade você se enlouqueça e vá pular poças comigo, vá rir de estrelas cadentes imaginadas e fazer pedidos infantis.
Que as nossas infâncias coincidam em plena esquina e a gente se permita o sorvete em dia frio, o banho de chuva mesmo resfriado, a falta de juízo que faz acontecer os melhores momentos da vida.
É que tenho cicatrizes. Você tem.
Se eu pudesse te escolhia de berço assim você me conheceria tanto que não haveria espaço pro estranhamento, mas não me foi possível, não é sempre possível realizar os meus sonhos mais diversos.
Envolvem você quase todos.
Eu vou ter pesadelos, medo de escuro, saudade que não é permitida matar, dias ruins por meses, sem contar a tpm que você pode prever.
Mas é que eu vou ter tanta coisa e matéria pra te fazer sorrir se você quiser, não ensaiado, não não. Eu vou querer te fazer sorrir, eu vou querer sorrir com você, vou querer que você sorria pra sempre.
É que eu vou te pedir e até cobrar, acaba acontecendo, vez ou outra. E sabe, é que você não sabendo lidar comigo poderá facilmente esquecer tudo, mas eu não. Aquele mecanismo que faz com que esqueçamos o que não nos faz tão bem lembrar não funciona direito na minha cabeça, deve ter sido substituído pelos outros milhares de pensamentos abstratos feito quadros cubistas, cheios de cores e pontas.
Só psicopatas fazem sofrer de propósito e veja você, não tenho vocação pra maldade.
Eu vou errar tantas vezes que por fim você pode se cansar de tantas falhas, mas eu sou imperfeita de natureza, não que isso me conforme. 
É que eu vou precisar que você me ensine a voar. Porque tem dias que minhas asas parecem atrofiadas de tanto pouso forçado e você tem cheiro de vento.
E é que se eu amar você terei uma dificuldade imortal de ver você se distanciar, então, dê a mão pra dormir.
Dê o sorriso antes de partir.
Dê um beijo de boa noite e me diga que ficará.
Fique.


(Ao som de: Zélia Duncan - Enquanto Durmo)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Porque era meio Winehouse





But I'm grown
Mas sou crescidinha
And in your way
E do seu jeito
In this blue shade
Neste tom triste
My tears dry on their own
Minhas lágrimas secam sozinhas

Era um vazio cheio de algo concreto que insistia em gritar. Um vazio teimoso que infiltrava-se no meio do peito e agora não deixava os pulmões executarem sua tarefa de encher o mundo interno de ar, oxigenar a vida.
Puxava o ar e onde ele estava? Preenchendo espaço no vazio moinho crescente. Coisa claustrofóbica...
Era então Alice gigante e as paredes a apertá-la, a dizer que não era suficiente para ela, nada, nada... E então o choro e a consciência da pequenez minusculizada ainda mais, aquelas paredes gigantes a assombrá-la, a chave ali nas mãos mas a fechadura tão longe, tão de alguém que não dela...
Devaneio tolo escrito em letra borrada.
Era o silêncio insistente da chuva fina lá fora, todas aquelas palavras que nunca diziam nada. E ali dentro o sertão. O ser tão.
Aquele vazio todo cheio de silêncio Lispectorano, coisas inomeáveis, medos inimagináveis. O vazio e a cheiura que tudo sempre agradecia.
Era o que esperavam dela, era assim ser gente. E ela conseguia quase forçando um sorriso dizer:
- De nada, de nada.


(Ao som já saudoso de Amy Winehouse: Tears Dry on Their Own)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Dos caminhos





Ana Terra questionadora que era ensaiara durante tempos a pergunta ao professor de ciências, e agora ali, na beiradinha da mesa apertando as mãos e quase relutando, medo de ser idiota, aquele medo que as adolescentes sempre têm.
- Professor, sendo a centopeia cheia de pernas, não era certo ela ter mais desenvoltura?
E o professor deu um tempo em guardar os materiais categoricamente, como fazia todos os dias, todos os períodos e resolveu prestar atenção na menina de franja meio torta, olhar marcado e mãos vivas.
- Mas é que ela tem muitas pernas pra sentir melhor por onde passa, pra ter certeza, firmeza.
E aquele dar de ombros tão Ana Terra.
- E se ela não quisesse, e se ela quisesse só voar, ser borboleta, sei lá professor!
Sorrindo ele fez como ela, deu de ombros, não entendia da natureza das coisas que faziam a centopeia, não entendia porque às vezes não havia como voar, não entendia como uma menina de treze anos pensava coisas assim.
Mas a vida era essa, não haviam respostas, não para todas as perguntas.
Podia-se apenas tentar aproveitar o toque de todas as pernas enquanto a sensação das asas batendo não viesse.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Dos laços invisíveis


'Do lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância
Digam não
Mesmo esquecendo a canção'

Ter um amigo e falar dele no dia do amigo é algo tão clichê que não deveria ser feito.
Mas não é apenas um amigo e não é simplesmente um dia, amigo é pra sempre, é pra quando se acorda no auge da tpm e se recebe uma mensagem desejando bom dia e até se acredita que poderá sim ser um bom dia.
Ter um amigo é saber que se pode pecar, que há perdão, há remédio e haverão histórias pra contar, aquelas que você regará de pieguice e sorrirá e dirá para os seus filhos: foi com eles que valeu a pena, tudo.
Eu tenho amigos de infância de longa data e amigos de infância do começo do ano, porque amigo é sempre de infância, amizade é o que se conserva daqueles dias lindos em que a gente acreditava bem mais no mundo. Reconheço meus amigos pela pupila, pelo olhar que bate.
Tenho amigos que vieram por um 'bem', amigos que surgiram pra quebrar preconceitos e que ficaram e hoje não imagino o futuro sem a presença charmosa deles. Tenho amigos e esse verbo extremamente possessivo não representa nada, ter é pouco diante do que eles me são.
Não sei falar sobre eles, eles que conseguem me deixar com vergonha, eles que conseguem me fazer parar de chorar, que já me ouviram e viram chorar, que conhecem cada defeito meu, até aqueles que eu tento esconder firmemente.
Seja o que vier, venha o que vier, você que é amigo sabe que é, sabe que pode contar e que eu vou fazer o que me couber pra te ver sorrir, vou te irritar também porque a gente só perde a linha com quem está por perto, eu vou sentir saudades quando você estiver longe, vou ser sentimental e vou querer te ver lá, porque eu estarei lá por você.
Quero seu bem como o meu, e sim, eu sou consideravelmente piegas, dias assim acabam comigo. Não vou agradecer.
Apenas dizer, bochechas vermelhas, que você amigo é muito especial, de um jeito especial que as memórias são, do jeito que os sonhos pro futuro são. Do jeito que só um bom amigo é.
Ter você faz meu sorriso ser maior, faz sim.

Ao som de 14 Bis - Canção da América
(PS: A imagem foi de um dia daqueles que se levam pra sempre, coisa de adolescente, mas era a BFF que estava comigo)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Da verdade que vem tarde



'Não existe acaso
Todo amor já foi sonhado'


Começou sendo quase de verdade, ainda assim meio de mentira.
Ela queria porque assim parecia ser certo, não que despertasse a alma ou fizesse o céu ser lilás cor de céu em primavera estando ali em pleno outono de alma e hemisfério. Queria porque fazia bem, assim um bem diferente do comum, um bem estranho que ela não esperava sentir assim, de cara.
Deu de ombros e não se convenceu da capacidade eterna e alheia de tornar as coisas belas quando se há espaço para isso. E aquela meia verdade inventada que tinha cor de sonho ainda, uma tonalidade meio translúcida foi tomando forma, argila molhada e modelada entre brincadeiras de se esfregar os dedos sujos no nariz. Era vestígio de felicidade fugidia, e aquela sensação de novo, de que algo fugia sempre ao controle quando se procurava tatear.
Diariamente decidia-se por analisar e topava com cada coisa ali dentro, e a quase verdade lá, insistente, querendo mostrar que já nem era inteiramente mentira. Havia algo de insano.
Deu por si sendo sincera quando menos quis, fim de manhã e ela olhando o movimento que á água teimava em fazer, sem metáforas ela soube-se teimando em vão.
Às vezes nunca fora mentira, verdades inventadas podiam entrar em outro quesito, às vezes estava lá desde sempre, pronto pra ser lido, mas faltava o vocabulário pra entender que uma quase história de amor está longe, bem longe, de ser assim também uma quase história de desamor. Nem sempre quando o copo está meio vazio pode estar meio cheio.
Algumas coisas só estão completas quando são pela metade.
Inclusive verdades.
Inclusive histórias exclusivas, de amor.


(Ao som de: Leoni e Raquel Becker - Antes e Depois)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Sim


'Toda de branco no altar
Eu sei que há
Uma história pra contar'


Quando ela disse sim sabia da existência de toalhas em cima da cama, sabia da mania que ele tinha de apertar a pasta no meio e principalmente o time que ele torcia.
E disse sim.
Ao ser feita a pergunta ele não questionou quão importante era toda a história, mesmo lembrando os dias em que ela atirava as coisas pela janela, as crises de choro nos dias ruins, tudo que fora dito, calado, escrito, marcado com agulha na pele.
E disse que casava, que aceitava, que ia com ela pra onde ela fosse, um par.
As mãos juntas e o medo do que viria misturando e selando a união de mãos que estavam juntas de bem antes da cerimônia. Estavam os olhos dela tão cheios de um brilho gostoso, finalzinho de fogueira e brasa forte ainda, vermelha.
E não importa o que dissessem todos que estavam lá, não cabia em ninguém o sentimento estranho e nobre ali dentro deles. E casaram-se pra sempre na firmeza de um sim bem dito, um sim que já morava ali no meio deles. Um sim tão cúmplice que ela sorriu e ele abestalhado olhando pra tudo aquilo apenas virou um pouco a cabeça, era assim ser feliz então, era assim.


(Ao som de: Pra sonhar - Marcelo Jeneci)

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Sem eu dizer


'É uma ideia que existe na cabeça
E não tem a menor pretensão de convencer'


É que quando você estava lá, imóvel de um jeito tão viva, eu não disse, mas eu me vi dono de todas as palavras do mundo, e nada quis dizer, aquela coisa de possuir pra si, apenas.
E eu toquei suas mãos distantes, e eu segurei firme porque não gosto, mas tenho medo de perder.
Mas foi só quando eu te abracei e senti que era tudo igual, em mim, em você, em todas as pessoas que nasceram questionando a rotação do Universo, foi só quando eu te abracei que vi que a sua dor era minha, e a minha dor valia o mundo inteiro. Uma dor bonita de sentir, mas um abraço tão, mas tão, tão bom de estar que eu desentendi tudo.
Não disse nada porque de silêncio fizeram-se as estrelas. Pensei que do nosso abraço silencioso se criasse um Sol que me aquecesse e mantesse o mundo laranjado em qualquer hora, em qualquer dia cinzo, em qualquer canto.
Abstrato demais, mas eu podia tocar, juro que podia, eu podia e posso tocar o nosso abraço até hoje, mesmo você balançando a cabeça para os lados agora.
Foi um abraço de alma.


(Ao som sempre bom de: Apenas Mais uma de Amor - Lulu Santos)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Do que eu queria


'Queria descobrir
Em vinte e quatro horas
Tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir'

Eu quero ser seu bem.
Quero acordar e dar bom dia sorrindo pra você pensar em ficar melhor, quero tentar fazer cafés da manhã pra te dar energia e até ouvir você dizendo que sou uma negação na cozinha.
Toda essa pose de mulher independente cai por terra quando você se vira, tente qualquer hora dessas olhar pelo retrovisor.
Eu quero ser a primeira pessoa a ficar sabendo dos seus sucessos e a única a descobrir seus fracassos, não porque assim me sentirei única, mas porque assim haverá entre nós aquela cumplicidade que é a chave para toda união que se baste.
Eu quero ser a parte que lhe caiba, de um jeito simples, sem obrigações futuras ou compromissos a longo prazo, algo que se reafirme diariamente.
De querer há tanto em mim relacionado ao que podemos ser, quero ser par, ter a tranquilidade de fechar os olhos e não precisar temer o que for dito por saber que há compreensão mesmo quando da minha boca saírem palavras em idiomas estranhos ou apenas palavras idiotas.
Quero o seu sorriso e mais que isso, eu quero fazer com que ele aconteça tantas vezes, em dias de birra, dias tristes, nublados, de chuva ou fim de mundo.
E mesmo depois de tanta coisa, ainda quero ouvir da sua boca que se importa, que me importa. Não porque é necessário afirmar nada, mas porque dizendo a gente externa algo e o outro pode se sentir melhor.
Parece até impossível me agradar com tanto querer, mas eu juro, juro mesmo, eu quero só ser importante pra você.


(Ao som de: Zélia Duncan - Tudo Sobre Você)
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