'Entre todas as novelas e romances
De você me lembro mais
De você não me esqueço
Jamais'
Se você tivesse a chance de ler o livro da sua vida, como seria? Se nas suas mãos, lauda por lauda você enxergasse os seus erros e acertos, você teria a coragem de alterar seu próprio destino?
O Sol nascia e ela virava mais uma página.
Era um presente dele, aquela história narrada em terceira pessoa mas tão em primeira, tão dela em cada linha, em cada angústia ou medo transcrito. O dia passou e sem conseguir parar ela suspirava ao virar as folhas, coração na mão por ver o final tão próximo. Fechou os olhos e bateu as capas, desnecessário reler o sofrimento que lhe causara, a dor que impusera a si mesma por puro comodismo, fosse como fosse, não queria ler o fim.
Atravessou o orgulho e foi até ele:
- É lindo.
- Obrigada, de fato o foi.
E terminaria assim? Uma vontade de rasgar tudo aquilo a invadiu e ela apenas o estendeu para ele:
- É seu, eu já li.
- E como termina?
De relance ela olhou para o chão, sem saber o que dizer, ele insistiu:
- E como termina?
- Como todos os romances do planeta?
- Você acha que essa história merece mesmo um 'felizes para sempre'? - ela precisava começar a acreditar na felicidade.
- Eu não sei.
Virou as costas e sairia com o livro, não fosse o som forte da voz dele chamando seu nome.
- Ana.
Encarou-o novamente.
- Toda história tem um fim, mas jamais se é feliz para sempre. Não se culpe por isso.
- Não me culpo. A
gora eu preciso ir.
Ela forçou um riso tímido, ele esboçou um olhar crítico.
- Não, você não vai. Eu ainda quero escrever muitas histórias.
- Então, não é o fim.
- Foi, mas sempre haverá espaço para novas histórias se você quiser.
Talvez não houvessem chances de se mudar o que foi escrito, mas haveria, certamente, a oportunidade de se escrever novas histórias, ainda que com mãos calejadas.
Texto para a 6ª Ed. Roteiro do Bloínquês, essa imagem perfeita é do filme 'Orgulho e Preconceito', versão cinematográfica do romance de Jane Austin. Eu não poderia não aproveitá-la.
(Ao som de: Minha vida - Rita Lee)
Poxa Tay, a cada texto me apaixono mais pelas suas palavras, ficou muito bom e a imagem caiu muito bem, boa sorte no Bloínquês, espero que eles apreciem tanto quanto eu!
ResponderExcluirVim matar a saudade, aquela velha saudade que nos "separa" como uma história que ainda não teve um final feliz...
ResponderExcluirTe amo minha pão de queijo linda! Saudades de tu!
O texto tá lindo, igual a suas boxexas rosadas rsr
meublogdasaudade.blogspot.com
(aproveito e divulgo meu blog tá? srsrs ;D)
Bem, acho que é impossivel apagar e escrever por cima dos erros, mas enquanto estamos vivos, os parágrafos ainda estão sendo feitos, portanto tempos toda oportunidade do mundo de fazê-los do nosso jeito, incluindo até um feliz para sempre.
ResponderExcluirPerfeito, Tudo perfeito!
ResponderExcluirMusica Perfeita Tbm.
(:
*-*
Beeijo Linda!
Desafio pra voce ;*
ResponderExcluirhttp://ela003.blogspot.com/2010/12/desafio-dos-7.html
Que texto lindo *-* , gostei! :)
ResponderExcluir-
Tem selo pra ti lá no blog *-*
Posso voltar mais vezes aqui?
ResponderExcluirÉ tão lindo, tão apaixonante.
Maria R. é uma excelente escolha, e o filme melhor ainda.
Adorei o nome do seu blog, hiper criativo. :D
Beijos
Pois é. Tudo é finito nessa vida. Mas não é porque algo acaba, que outro novo algo não possa nascer. Não necessariamente anulando o algo passado, mas sim sendo apenas um novo algo, tão bom quanto o anterior. Ou apenas diferente.
ResponderExcluirTenho o livro Orgulho e preconceito.
Depois que ler o livro, pretendo ver o filme.