sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nos olhos de quem vê


Com o mundo cada vez mais globalizado é tão comum ligarmos a tevê e assistirmos um massacre de inocentes em uma escola do Rio de Janeiro, um ataque terrorista em um país do Oriente Médio, uma guerra civil em uma ex-república soviética... Diante dos nossos olhos pesadelos reais bombardeiam a todo instante a ideia de que a bondade sempre vence.
Será que é ilusão acreditar que os bons são maioria? Será que é válido tentar fazer a diferença quando tanta coisa aponta o contrário?
Traficantes viciam crianças, pedófilos se aproveitam da inocência alheia, corruptos roubam nosso dinheiro... O mundo é caótico!
Mas haverá sempre o bom exemplo do taxista que encontra a mala cheia de dinheiro e devolve, do médico que dobra sua jornada de trabalho para ter folga e visitar doentes com câncer, da professora que arrisca a vida para salvar seus alunos.
Os bons são maioria, mas a bondade não vende, ela é discreta, ela não faz para aparecer.
Existem milhares de críticas em cima da nova propaganda da coca-cola, alguns dizem que a fórmula faz mal para saúde, outros que é um investimento em marketing que poderia ser destinado a coisa melhor, mas existe algo maior que tudo isso, a vontade de fazer com que os outros tenham esperança, com que entendam que há sim razões para acreditar.
Não porque uma propaganda diz, não porque nos filmes os bonzinhos sempre se dão bem, mas porque eu acredito que há algo superior que movimenta tudo isso, e essa força é bondade, é solidariedade, é a certeza de que por mais que a vida esteja tão banalizada, ela tem um valor grandioso e muitas pessoas enxergam isso, ainda e sempre.
Há razões para acreditar porque dentro de mim uma força diz que vale a pena, que a minha vontade pode não modificar o mundo, mas a minha força pode auxiliar nessa mudança.


(Texto para a edição opinativa do Projeto Bloínquês)

Um comentário:

  1. Realmente um texto muito bom. E bonito. Cada um deveria fazer a sua parte e sensibilizar pessoas com textos assim.

    Bj

    Nath

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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