segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vinte (Ainda)


Então hoje é enfim o meu último dia dos 'vinte'.
Amanhã quando eu acordar alguma combinação mirabolante dos astros indicará que é novamente oito de junho, e eu terei vinte e um.
Esse foi um ano tão cheio de tudo que já vivi que precisava mesmo falar dele, talvez para me livrar ou para tentar eternizar (essa mesma mania de sempre) algo que foi trágico e belo, quase um livro.
Pode parecer muito estranho, mas quando se faz vinte anos tudo muda. De um dia para o outro mesmo. Você dorme com os ombros leves e a áurea de adolescente e quando acorda está na hora de enxergar a vida como ela é, afinal, você já tem vinte anos.
É preciso arrumar um emprego, ter mais responsabilidade, ser mais maduro e principalmente mais seguro de si, já são vinte anos poxa!
É imprescindível coragem e força nas pernas, olhos brilhantes e ar de mulher fatal, quando é que você vai entender que já é adulto?
Com vinte é assim.
Não há mais espaço para ser criança, para birras e mimos, para fazer bico e bater o pé. Ainda que a gente sempre arrume um jeitinho.
Como eu sou alguém sem medo de ser clichê posso arriscar a frase feita: 'foi o melhor ano da minha vida'.
Se eu ficasse famosa com um poema seria 'Meus Vinte Anos'.
Como me dei mal com vinte! Errei feio, desperdicei chances únicas e perdi pessoas importantes e outras nem tão importantes assim. Chorei e senti dor de tudo, de alma até estômago.
Mas foi com vinte que aprendi a experimentar novas cores de esmalte. Foi com vinte que descobri que é melhor errar fazendo seu próprio caminho do que ir à sombra de alguém em um caminho já pronto.
Caí, levante, me arranhei e entre mortos e feridos, farei vinte e um.
Poderia escrever um livro cheio de filosofias de botequim só sobre meus vinte anos. Sobre como tanta coisa aconteceu quando eu senti a solidão doer tão forte e aprendi a ser minha melhor amiga.
Com vinte o Sucrilhos nasceu, quase um filho mesmo.
Eu mudei de sonhos, vezes demais até, mudei de ares, de gostos e acredito que até de personalidade.
Descobri verdades inconvinientes sobre mim e coisas encantadoras também.
E tentando (só tentanto porque jamais seria capaz de tal feito) resumir duas décadas em uma frase, é, eu fui bem mais feliz do que pensei que seria.
Que venha então um novo ano, uma nova década, um novo tudo.
Porque cada idade é única.
(Tradução da frase da foto: Em vinte anos você estará mais desapontado pelas coisas que você não fez do que pelas que fez)

5 comentários:

  1. :) Eu ainda tenho mais ou menos 6 meses de 20 anos... Pra mim não é uma idade importante como tmbém não foram os 15. É verdade, que 20 tem mais peso nos ombros, menos felicidade ingênua. Fico triste quando lembro dos meus 10, de saudade. Eu era feliz e não sabia! Mas, não posso negar que os 20 são diferentes, tem temperos novos...

    Meus parabéns pelo seus 21 :)

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  2. Sempre tive medo de aniversários, medo dos parabéns e nunca fiqueião deverás contente por ser 10 de janeiro, mas não me lamento por vivo está, eu gosto de viver e fazer aniversários, faz parte do jogo, rs.

    Parabéns,

    Charlie B.

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  3. Tudo se repete, apenas de formas diferentes, e olhamos para elas com olhar de novidade de um novo desconhecido e o agarramos com nossas mão já maiores, segurando-as com uma força mais experiente que já selecciona e que aprendeu a escolher o que amar.
    Tudo se repete, ou nós que a repetimos.

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  4. muito legal o texto, e parabéns!
    tudo de bom pra você, que os vinte e um sejam tão bons quando os vinte, ou até melhores :D

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  5. Parabéns! Mas vou ser sincera, diria que você tem qualquer idade, menos 21! :O eu daria 16, sei lá, mas com certeza, não 21! kkk

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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