Fazia o tipo sério, daqueles que escolhiam amores a dedo.
O problema era que apesar das unhas bem feitas, ela tinha o dedo podre. De infância diagnosticado, ainda que o pai lhe aparecesse com bons pretendentes, os dedos se moviam e apontavam aleatoriamente.
Coração ia querendo um ou outro vagabundo e na dança do malandro entrava já de olhos fechados, suspirando.
Ah, o amor...
Tão banal!
E o pobre coitado do colega de trabalho que mandava flores, ia a missa, pagava o cinema e emprestava o ombro nunca ia ter chances se continuasse assim...
Inventou uma amante, apareceu de barba por fazer, perfume vencido, cheiro de vodka barata soprando na nuca. E a mulher nem charme fez, comentou qualquer coisa da mudança e lançou-se alvoraçando os cabelos...Nem chegou a saber que ele passara de fato a noite em claro com uma dama, aprendendo a ser o homem ideal: fora visitar a mãe, abandonada pelo pai há anos.
Tornara-se phd em vagabundagem, daqueles dignos dos dedos mais apodrecidos.
Coração em flor, pintado de brejo.
(Achei a imagem no blog: O Amor é uma Falácia, excelente por sinal!)
Adorei Thay! Ficou muito bacana, o pior é que é tão verdade.
ResponderExcluircaraca, que lindo *-*
ResponderExcluirDedo podre é um problema... Mas é um problema daqueles que não se faz muita força pra curar. Cafas tem seu encanto e dá pra perceber de longe que são cafas.Acho que é questão de escolha consciente mesmo, não sei...
ResponderExcluirNossa. Concordo bastante com o texto e a imagem.
ResponderExcluirÉ triste isso. E é verdade.
SUPER VERDADE! quanto te acho online heim?
ResponderExcluirseguindo o blog. :)
ResponderExcluirAcho essa imagem e o que acontece nela 'quase' muito verdadeira :/ infelizmente é assim.
E o texto então ? lindo.
Mas realmente, pisa que ele gruda, gruda que ele pisa, rs.
As mulheres tem esse atrativo por homens cafagestes, mas quem manda no coração ? :(