sexta-feira, 8 de outubro de 2010
One Breath
'Ela o teria, mesmo que isso a matasse. Mesmo que matasse os dois, ele seria dela'.
Acariciando a barriga ela suspirou mais forte, tentando levar para longe a dor que a tomava e fazia seu corpo tremer.
Pisou mais fundo no acelerador e atravessou mais um sinal vermelho. A rua deserta tornava tudo mais simples, a chuva que aparentemente não demoraria a cair anunciava com um vento que logo o mundo acabaria em água.
De longe ela quase podia ouvir a voz dele insistindo para ir em frente, o filho tinha que nascer, ele tinha que dar continuidade a vida que o pai perdera tão ridicularmente.
E agora ela precisava arrancar forças de qualquer lugar para levá-lo, lágrimas vinham fortes e caíam sobre a barriga, a fazendo tremer.
Talvez todos morressem e o futuro fosse algo não concretizado, como os sonhos em que ele embalava o filho e ensinava a ele como puxar o seu cabelo de um jeito implicante.
Mas haviam promessas a serem cumpridas, ele precisava nascer, nem que isso implicasse a morte dela.
Freando bruscramente ela abriu a porta do carro e caminhou amedrontada vendo o sangue sair de si.
Estava no hospital, haveria ainda alguma chance de tê-lo em seus braços.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostei *-*. Dá até um gostinho de quero mais ><
ResponderExcluirPorque a Tay escreve, SEMPRE maravilhosamente bem... :)
ResponderExcluirAdorei seu texto... bom demais.
ResponderExcluirQue história envolvente.
Beijos
Aaaaaaaiii adorei, mto show.
ResponderExcluirVc arrebenta, SEMPRE...
Poxa, que lindo! *chorei*
ResponderExcluirer, bom!
ResponderExcluirgosta de escrever mencionado fatos, não?
já é a segunda vez que percebi isso aqui. Nunca uma história com começo, meio e fim, mas nem de longe isso tira o brilho do seu texto!
Sorte!
:)
A melhor amiga, e melhor escritora...sempre! ♡
ResponderExcluirque lindo tay. Complexo, nos deixa imaginar e querer mais.
ResponderExcluirbom fim de semana, beijos :)