domingo, 31 de julho de 2011

Do que existe


'No dia que eu soltar meu coração
Pode ser que seja assim'

Ela que sempre acreditou saber das coisas, que sempre procurou a essência e questionou, não entendia direito aquele borboletear estranho no estômago, achava clichê barato e batido a tal história de voarem logo ali as borboletas, aquelas que ela tanto gostava.
Armara-se como lhe aprouve, conhecia teorias e seria capaz de identificar lá de longe sintomas de paixões vividas por outros, não era tão complicado notar a forma como as mãos alheias tremiam.
E veio assim algo estranho e ela esquecia sempre a teoria, coisa não muito comum pra ela, de onde surgia o pensamento intruso que chegava sem bater mas que ela permitia ficar, meio rabo de olho, desconfiada daquela novidade toda boa de sentir.
Sentia?
Não era fã declarada de fantasias, o concreto e palpável enxia os olhos e gritava que se fosse real, seria tocável.
Mas lá do fundo de onde a gente guarda as estrelas cadentes ela sabia que toda menina um dia já fora princesa de conto de fada.
Passara da idade, mas bem cá entre nós, vez ou outra sonhava acordada.


(Ao som de: Monique Kessous - Pode Ser que Seja Assim)

Um comentário:

  1. Ah, menina, que lindo isso... E que lindo esse sentimento que a gente nunca percebe quando é com a gente até ele já estar muito bem instalado no sofá da sala e com o controle da televisão. No final, é só torcer pra dar certo...

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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