domingo, 11 de outubro de 2009

O Novo

'Para obter algo que nunca teve

É preciso fazer algo que nunca fez.'


Como somos medrosos, como deixamos de agir, de sorrir, de sentir o vento no rosto por covardia idiota diante do novo, diante do belo, do surpreende!
Eu fico sempre pensando em como as crianças crescem, elas têm o poder de mudar a cada dia, e eu acredito que seja por não temerem o novo.
Uma criança entra no mar e vai seguindo em frente, ela se perde por não temer se distanciar, ela muitas vezes se machuca por isso, por acreditar em tudo.
Mas ela aprende. Aprende a nada
r, aprende quais animais e pessoas são mais confiáveis, aprende a ter equilíbrio na bicicleta, ainda que os tombos a tenha derrubado várias vezes.
Crianças sabem sorrir até enquanto choram.
Elas enxergam mais cores, sentem mais aromas, provavelmente aproveitam mais os sabores.
Porque uma criança nunca tem medo de amar.
Ela se entrega de coração, para ela tudo é uma aventura, uma fantasia maravilhosa, um mundo todo cheio de novidades.

Uma amiga minha vai pra Portugal, eu disse que ela está sendo muito corajosa. Está mesmo, não sei se teria coragem de sair da minha zona de conforto. Mas eu acho a coisa mais maravilhosa isso que ela vai fazer. Porque às vezes a gente precisa se afastar de tudo pra entender porque a vida tomou determinado ritmo. Chama-se ser expectador da própria história.
Ok, pode ser perigoso ficar apenas assistindo, mas existem situações necessárias.
Parar um pouco, olhar pro mundo desse tamanhão todo e pensar, bem, não estou sendo feliz aqui, vou embora.
Bye.
Tchau comodismo, mundo fácil, coisas importantes que foram se tornando banais.
Adeus velho eu. Adeus pessoa covarde que há dentro de todos nós. Adeus medo de amar, de correr novos riscos, de quebrar a cara.
Porque quebrando a cara a gente aprende
muitas lições valiosas!
Se toda criança parasse no primeiro passo em falso, no primeiro tombo, hoje ninguém mais andaria.
A gente esquece de colocar metáforas em tudo. A gente não aprendeu a andar? E não foi nada fácil, tínhamos mãos que seguravam n
ossos pulsos e nos empurravam pra frente.
Porque na vida sentimental a gente só se arrasta?
Eixe!
Tá na hora de tentar firmar as pernas, tá na hora de confiar que mãos mais do que poderosas nos seguram pelos pulsos, forçar os joelhos, erguer o nariz e tentar.
Primeiro passo, segundo. Queda?
Quem nunca caiu?
Deixar o comodismo significa entender tudo que passou, significa entender que o presente é agora, já foi. Naquela frase ali já virou pretérito.
Segundo por segundo, a vida vai pingando, se a gente não aproveita, escorre tudo e aí sim temos um adeus mais doloroso.
Já falei do 'Homem de Lata' do Mágico de Oz, da vontade que ele tinha de sentir tudo, até mesmo a dor.
As crianças são assim, querem sensações novas. Sempre!
E a gente sabe o que Jesus falou sobre as crianças, que delas era o Reino dos Céus. Elas na sua inocência, na sua fragilidade, na sua vontade às vezes até insana de conhecer o novo.
Viva aqueles que arriscam, que pulam, mesmo s
em pára-quedas reserva. Que entram no mar, mesmo sem saber se vai dar pé.
Que arriscam uma viagem pra terras de além mar, pra terras tupiniquins, ou simplesmente pra terras antes nunca navegadas, as terras da psiquê de cada um.

Agora, eu vou, tenho passagem marcada pra um lugar muito lindo.
Meu coração. Ele tá precisando de mim, vamos ter uma conversa bem divertida, vamos sorrir, talvez até chorar um pouco.
Vai saber?
Mas vai ser legal, arriscar um pouco.
Boa viagem minhas crianças!

Beijoooo!


PS: Deixemos de ser adultos tão infantis, e passemos a ser crianças mesmo. Infantilidade de modo nada tem haver com ser criança.



Ouvindo: Elephant Gun (Beirut) e Better Togheter (Jack Johson)

3 comentários:

  1. Esse post tb tem a ver com o meu. Que bom isso!
    Adorei essas cores e o template.
    Ficou muito legal mesmo.
    Bjsss

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  2. To com saudade de tu!
    Adorei o post...sempre =)

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  3. Adorei o que você disse. Me sinto num momento que a mudança é mais do que benvinda e vejo que não sou só eu que encaro isso.

    ameii *.*

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Lembre-se que você me faz feliz. Críticas serão sempre aceitas, desde que você use de um mínimo de educação. Eu jamais ofendo ninguém, tente prezar a reciprocidade.
Beijos!

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